ah, o horário de verão. acordar como se fosse noite, dormir como se fosse dia...
agravando ainda mais a situação do paulistano que quer saber se vai fazer frio ou calor, como se isso fosse possível.
eu voltei a querer que chova. não tenho mais medo da chuva. eu perdi o meu medo, o meu medo, o meu medo da chuva. pois a chuva, voltando pra terra, traz coisas do ar. traz aquele ar de amor. lembra de quando eu dizia que o trânsito ficava bonito, que a fumaça virava um envolto (envolto?) de felicidade? você se lembra que tudo ficava bonito? me lembro tão bem...
sou muito sacana. caramba. lembra o que fiz com você? e eu te digo, não me importei, não me importo ainda...eu fiz o que queria ter feito. a gente era tudo azul, mas não era porque eu era azul e você era azul. você na verdade era amarelo, e eu era verde. por isso a gente era tudo azul.
e você? o que você fez comigo? você se lembra? eu percebi tudo. aquele oi de má vontade. eu nem queria acreditar. mas depois passou. ficaram as boas lembranças. as ruins eu deixei pra trás. porque eu também já fiz isso com um monte de gente, eu acho...e eu sei, eu sei como é...
e o que mais? e as outras pessoas? e eu? e você? e eu e você?
seilá...sou errada, sou errante e vou errando enquanto o tempo me deixar.
que saudades de ser Paulinha!
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