terça-feira, 15 de julho de 2014

FOME SEM VONTADE DE COMER

ontem peguei a Pascussa. a de 2011, pois a de 2014 eu praticamente nem abri. não tive nada de bom pra escrever nela, sinceramente. não aconteceu nada que me fizesse querer escrever lá. e outra, não queria que ela começasse logo toda borrada de lágrimas.

meu ex namorado me deu a Pascussa de 2011 no primeiro natal em que passamos juntos, uma época em que eu acreditava na felicidade plena, no amor, e nele.
escrevi muito! e ontem, li muito.

a história da minha vida. meu sonho era voltar a morar com a minha família no nosso apê. foi concretizado. é mais ou menos como eu imaginava. continuamos distantes mas pelo menos estamos aqui um fisicamente perto do outro quando alguém precisa de um abraço ou de uma bronca...

a história dos meus amores. falei sobre como o amor rege a minha vida e citei os nomes dos quatro caras por quem arreganhei meu coração nessa vida. Miqueti, o loiro mais sapeca da pré escola que chacoalhou o meu coração até a quinta série! Te amei muito! Chorava ouvindo Jota Quest. Vitinho, o loiro mais conquistador do Colégio Luterano que chacoalhou o meu coração da sexta até a sétima série! Te amei muito! Chorava ouvindo Charlie Brown Jr. Diego, o moreno mais alto e charmoso dos amigos de amigos que chacoalhou o meu coração durante a oitava série! Te amei muito! Chorava ouvindo Banda Diwali. Rodrigo, o moreno mais normal e real da minha vida até o presente momento que chacoalhou o meu coração de forma tão atrapalhada que o deixou cair. Te amei muito! Choro ouvindo qualquer coisa.

A descrição (?) soa diferente né... porque ainda está acontecendo. Quantas vezes não odiei Miqueti, Vitinho, Diego (Diegay)...
Miqueti não sabia que eu gostava dele, porque eu sempre fui a nerd e ele o bambambam. Quando descobriu, disse que sempre gostou de mim também. Choramos. Era tarde demais.
Vitinho teve a honra de ter eu e minha melhor amiga aos seus pés, ao mesmo tempo. Lembro do dia em que contei pra ela que eu também o amava. Ele está na nossa lista em comum. Tudo passou depois de beijá-lo.
Diegay desistiu de me amar. Eu era muito nova. Simplesmente desapareceu, nunca mais ligou, nunca mais atendeu, não conseguiu olhar nos meus olhos quando eu fui até onde ele morava pra ver que realmente tinha acabado.

numa das páginas da agenda, logo no começo de 2011, escrevi "tenho muito, muito muito medo que ele aja sem pensar novamente...".......         quando as coisas que eu tenho medo acontecem, o que eu faço? eu sempre morri MORRI de medo que uma barata tocasse em mim. num banho na praia, uma subiu pela minha perna esse ano. eu gritei, chorei, me debati, não dormi a noite toda. acho que é isso que eu faço quando as coisas das quais eu tenho medo acontecem... o que fiz pela barata durou uma noite só, afinal, nunca mais me expus ao risco. nunca mais passei por uma situação em que uma barata poderia escalar a minha perna. mas e quando se está ao lado do perigo? eu acho que é normal, pelo menos pra mim, esses sentimentos. talvez você não acredite no que eu vou dizer agora, conhecendo o meu pavor por baratas: talvez eu preferisse 3 delas na minha perna a tudo isso.

estou escrevendo meio aleatoriamente (jura orns você nunca faz isso) porque estou fazendo outras coisas ao mesmo tempo.

voltando. li tudo e vi como a gente era idiota. separados e juntos também. eu achava que a palavra era feliz. naquela época até devia ser mesmo. parei de escrever lá logo depois de parar de escrever no tododia. eu parei de escrever porque não dava mais. a vida tava corrida demais. então vi que em dezembro de 2012 eu peguei a Paschaline de novo e escrevi resumidamente sobre o fim de 2011 e sobre 2012 inteiro, em poucas páginas. a caneta estava ao meu alcance. faltava história naquele diário lindo. 14/07/2014, comecei. páginas e páginas e páginas e páginas. medo, sofrimento, calma, pedidos desesperados de força e sabedoria pra nós dois. não falei muito sobre mim. aprendi muito sobre mim e não foi necessário escrever pra lembrar. tudo que aprendi está aqui, bem vivo na cabeça. nada é em vão nessa vida. tudo tem o seu porque, e o meu aprendizado vem desse tipo de análise. por quê? por que assim e não assado? quando finalmente termino um raciocínio e tudo se encaixa, geralmente concluo com "sua vida bandida!".

nossa ja interrompi esse post 200x.

ele parece um cara legal. acho que nas primeiras vezes fui meio grosseira, não sei porque. vi que ele namora, e sinceramente, espero que eles sejam muito verdadeiramente felizes juntos. nem conheço ele direito, nem ela. mas espero isso.

não gosto quando você é grosso comigo. eu sinceramente não acho que mereço isso. você já sabia que eu era uma colmeia quando atirou pedras em mim e saiu correndo. as minhas abelhas ficam tentando me defender, vão querer te picar (se você ler isto e ficar pensando se é o zangão ou a abelha que "picam", vai pro inferno cara)...

eu sei lá...

fecho os olhos e lembro das noites no navio. eu não olhei nem pro lado. brad pitt ao meu lado e os olhos do meu coração estavam em são paulo. olhava pro mar à noite e pensava em você. não entrei no quarto no dia do holocausto, não tive vontade. me diverti do lado de fora, vendo quem estava livre para estar lá se divertindo. me diverti muito. muito. muito. meus amigos foram leais. eu realmente tenho sorte com amigos.

Paschaline. não sei por onde você anda e nem quem você namora agora, não consegui te acompanhar em outra língua. 

é bom escrever aqui pra poder ir dormir com a cabeça relativamente vazia (é óbvio que não).

tem mais um monte de mil coisas que eu gostaria de dizer mas estão todas embaralhadas na cabeça, então não vou forçar. deixa fluir...
ando meio vazia. não quero fazer nada, quero fazer tudo. não tenho vontade de comer, só fome.

E só eu sei como é horrível a minha fome sem vontade de comer. Essa é uma verdade e uma boa metáfora pra muitas coisas que acontecem hoje na minha vida.

Um comentário:

Às vezes até um smile agrada a quem escreve.