sexta-feira, 13 de maio de 2016

O dia em que ela descobriu que ele era normal

Humano, vacilao,um pouco cínico,  dissimulado, mentiroso, meio babaca. Quem voce conhece que nao tem pelo menos um pouco de cada coisa dessas na sua personalidade?

Ela nao te colocava no degrau dos meros mortais, apesar de tudo que ja tinha vivido antes ela conseguiu ficar com aquela névoa do amor nos olhos de novo, mas naquele dia você a livrou de mais decepções e colocou os pés dela no chão: mina, eu sou normal.

Ela chorou no chao do banheiro e dessa vez nao foi drama barato, doía de verdade a ponto de nao fazer sentido ficar de pé. Nao acreditava que de novo poderia passar por tudo aquilo, de novo poderia ser tapeada pelo ser amado. Foi um ato bobo mas ela ja sabe que é indício claro de uma frase que a assusta: talvez ele seja capaz.

Passava na cabeca dela quantas vezes mais nao tinha acontecido isso, se era verdade todas as vezes em que ele dizia estar aonde estava, se era verdade cada palavra que ela ja tinha ouvido.

Eu olhava de longe e senti dó dela. Vai se foder, qual o problema das pessoas com ela? Olhava ela ali sentadinha chorando, tao amavel, tao ali inteira. Levantei ela do chao e mandei se olhar no espelho. Mulher,  voce nao precisa disso né. Sai fora! Vamo curtir a vida feliz, aceita logo e vamo. E ela conseguiu, parou de chorar e seu coração congelou um pouquinho,  uma leve esfriada que hoje a está fazendo muito bem.

Vivendo mais fria, nao espera mais que seja diferente. Apenas deixa rolar. Ela sabe que nao vai ser mais a mesma coisa, que esse tipo de coisa fica na memoria. E o sexo, será que vai ser bom? Aquele olho no olho que ela dizia ser único,  nunca tinha sentido antes, e agora? Como que vai olhar na alma do outro e acreditar que aquilo é 100%? Ela fala tao bem desse olho no olho, diz que é mágico como tudo passa quando eles se olham. Mas ja me disse que nao é mais a mesma coisa. Rolou algum olho no olho ai e ela me disse que agora tinha medo no olhar dela. Tinha medo de olhar la no fundo e achar alguma coisa.

Dessa história reafirmei o ditado clássico: quem procura, acha.

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