terça-feira, 1 de março de 2011

no meio de uma aula de Edi

acredito que se você perguntasse pra aquela garotinha de seis anos, que tinha um sorrisão torto (e tem até hoje), ela diria que não. ela diria que você é só um adulto bobo complicando uma história que já estava toda escrita e só faltava ser vivida. ela jamais pensou ou pensaria que aquela família gostosa se perderia nas entrelinhas da vida e não chegaria nem ao fundo do poço. dizem que só se volta à superfície quando você chega ao fundo do poço. nem ali conseguimos chegar.
ela diria que a família viveria sempre ali, naquele 'apertamento', mas que um dia aquela situação mudaria e ele seria mais aconchegante do que bagunçado e cheio de tralhas. acho que ela nem imaginaria que se distanciaria tanto assim de todos eles. se perderam cada um no seu canto. pai, mãe, irmão e irmã viraram somente pai, mãe, irmão e irmã. dá pra se inspirar em algo assim? acreditar na vida, nos relacionamentos duradouros, no bolsa família, no bonner, numa família feliz? dá. ela teve que aprender a fazer acontecer. e eu acho que ela aprendeu. pelo que ela me disse um dia quando nos encontramos, ela se inspira nos contrários. a única coisa que a conforta na vida é saber que com ela, com a família que vai vir dela, será tudo diferente. ela não disse mas eu sei que ela será uma mãe incrível. ela será uma mulher incrível. ela será uma pessoa incrível. alguém que rala todos os dias pra não permitir que aconteça com quem ama aquilo que aconteceu com ela. falando assim parece que foi o fim do mundo o que ela viveu, mas não, não é o fim do mundo mas às vezes parece. sei que parece. ela será sim uma pessoa que não suporta falhas. acho que dá pra perceber que ela odeia magoar as outras pessoas ou qualquer outra coisa que esteja presente no mundo. sei que ela não gosta de estresse e nem de picuinhas e briguinhas bestas, por isso às vezes ela se cansa e deseja crescer logo pra fugir dessas falhas que envolvem as pessoas que ela ama. ela gostaria muito, muito mesmo de poder ficar. de viver esse tempo perdido numa outra hora. mas parece que todos desistiram de viver. todos desistiram de viver em comunidade, de viver como uma família. ah blablabla que tá tudo bem com ela porque não tá não. mas ela sabe o que deve fazer, ela sabe que deve estudar pra fazer da sua vida a mais sábia possível e fazer felizes todos aquele que se aproximarem do seu canto. ela gostaria muito de poder mudar todo esse tempo sozinha, mas isso não é mais possível...acho que ela também desistiu.

que pena, né?


Um comentário:

  1. será que ela desistiu mesmo? ninguém pode dizer que ela parou de acreditar. :]


    um fio de esperança sempre existe, desde que exista alma. *-*

    beijoca *:

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Às vezes até um smile agrada a quem escreve.