segunda-feira, 16 de agosto de 2010

cadê a flecha do cupido?

"eu vi quando você me viu. seus olhos pousaram nos meus num arrepio sutil. eu vi, pois é, eu reparei! você me tirou pra dançar sem nunca sair do lugar, sem botar os pés no chão, sem música pra acompanhar...
foi só por um segundo todo o tempo do mundo, e o mundo todo se perdeu. eu vi quando você me viu. seus olhos buscaram nos meus o mesmo pecado febril... eu vi, pois é, eu reparei. você me tirou todo o ar pra que eu pudesse respirar. eu sei que ninguém percebeu, foi só você e eu. foi só por um segundo, todo o tempo do mundo, e o mundo todo se perdeu. foi só por um segundo todo o tempo do mundo, e o mundo todo se perdeu, ficou só você e eu, quando você me viu." Cláudio Lins - Cupido.

eu ainda preciso de você.
eu ainda sinto sua falta.
eu ainda quero você.
eu ainda amo você.

um único momento em que odeio você
é quando você está aqui.

eu não consigo precisar de você.
eu não consigo sentir sua falta.
eu não consigo querer você.
por favor, desapareça...

o que buscar? o que procurar? o que querer? olhar para o óbvio e não querer mais. querer, mas querer menos. olhar para o proibido, para o difícil, para o semelhante que é completamente diferente e simplesmente desejar fazer parte. ao mesmo tempo que é incrível, é chato, porque é difícil. eu pensava que as cartas de amor só continuavam existindo nos livros. até o momento em que me deparei com elas em mim mesma. eu mesma escrevendo e recebendo. e as pessoas à minha volta também. "que gracinha" - como diria Hebe que é mais velha que minha avó só que mente a idade sabe-se lá porque.

por mais segura que eu pareça ser, por mais forte que eu seja, bate um frio na barriga (ainda bem) e um medo de deixar que os sentimentos realmente venham à flor da pele. é uma mistura complexa de química, física e matemática, biologia, história, língua portuguesa, amor. você se condiciona a olhar com outros olhos, você olha para o de sempre e agora enxerga apenas como "o de sempre" e você olha para o novo e enxerga como o normal. você quer que o novo seja o normal. você busca o novo mas falta muito para o normal ser o meu novo, ou para o novo ser o meu normal, não sei.

hoje mudei de humor por volta de umas 50x no ônibus voltando para casa. bem-humorada, puta, feliz, chateada, vingativa, apaixonada, nervosa, triste, revoltada, contente, decepcionada, inconformada, animada, desanimada, e muuuuuuitas outras sensações. cada palavra que eles falavam resultava em um novo sentimento dentro de mim. que vontade de esfarelar a cabecinha dos dois no vidro do ônibus. e ao mesmo tempo, que vontade de sair dançando pela rua e virar as noites seguintes acordada.

"tô de saco cheio". quero parar de andar de um lado pro outro em busca de algo que eu não quero querer mais, entende? é, nem eu. eu quero mais, eu quero as abelhas, quero todo o mel doce que eu posso consumir e produzir. to meio assim pra lá e pra cá porque hoje eu e a Melissa entramos em conflito. ô menina chiliquenta, que saco. não tem pra onde fugir...eu fugi pra uma rua hoje perto da minha escola, mas ela também havia fugido para lá. 2 pessoas tão apaixonadas não conseguem fugir, né? nós sentamos juntas na calçada e eu comecei a escrever a letra que está lá em cima pra ela. é claro que ela adorou. ou não, porque ela nem comentou, apenas sorriu e me deu o maior conforto do mundo. ah, a letra que eu escrevi não era tão tosca quanto essa, era até em inglês para fazer um charme maior.

depois de tudo o que passamos juntos (tudo o que?) ele agora parece estar em outra. "ah não sei o que que eu estou compromissado." - e eu fiz cara de NADA mas a minha cabeça estava algo como "FFFFFFFUUUUUUUUU AISIRAIRIA GRAURGAURGAR FÚRIA" .-.
mas eu continuei pensando e, não ligo muito pra isso. ligo porque sei que ainda tem coisa escondida dentro da gente, mas isso o tempo leva pra algum lugar.

Mel, eu realmente adoro quando você passa na frente da minha sala e dá aquele up no meu dia, e realmente adoro quando você prende o cabelo. a única parte detestável da nossa história é não poder te falar isso pessoalmente. parece que você jamais entenderia...prefiro continuar vivendo só aqui a nossa história. afinal você continuará fazendo parte de tudo, a diferença é que agora você não precisa mais fingir que não está nem aí, porque eu sou boa nisso, Mel, essa é a minha arte. a conquista é a minha diversão, e você ainda vai me divertir muito. eu espero.

Mel, nunca te falei assim direito, mas você é mil.

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